2016 e a lista da Forbes

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Paulista adora uma fila. Imagina uma lista. Imagina você que fui a um evento e já fui logo me posicionando na fila de entrada. Fiquei uns cinco minutos, desconfiada. Olhei para um lado, olhei para o outro e percebi que algumas pessoas passavam direto, dali um segundo veio uma mocinha dizendo que a hora cheia para pintar a unha já estava completa. Dei de ombros e constatei que paulista “adora” uma fila.

Lista é outro caso de amor, lista do mercado, lista da chamada, lista de compras, lista de afazeres do dia, lista de compromissos e cá que recebo a lista da Forbes com os brasileiros mais ricos do mundo. Fato curioso é que a primeira mulher aparece na 22ª posição.Ok, 2016 tá ai e já estou pensando em movimentar essas posições. Lembre-se Eike Batista já foi 7º homem mais rico do mundo e olhe onde está, logo, tudo é possível.

Voltando a lista, compartilho com vocês os 10 primeiros bilionários e quem sabe não nos empolgamos e ano que vem aparecemos nessa lista, nem que for para ser a pessoal responsável pelo envio dessa dita (afinal, trabalhar na Forbes Brasil já tá ótimo)? Vai vendo.

  1. Jorge Paulo Lemann
    Nascimento; Rio de Janeiro
    Idade: 75
    Patrimônio (em R$): 83,70 bilhões
    Principal origem: Cervejaria/Investimentos
    2. Joseph Safra
    Naturalidade: Líbano/Nat. Brasileiro
    Idade: 76
    Patrimônio (em R$): 52,90 bilhões
    Principal origem: Setor bancário

    3. Marcel Herrmann Telles
    Naturalidade: Rio de Janeiro
    Idade: 65
    Patrimônio (em R$): 42,26 bilhões
    Principal origem: Cervejaria/investimentos

    4. Carlos Alberto Sicupira
    Naturalidade: Rio de Janeiro
    Idade: 65
    Patrimônio (em R$): 36,93 bilhões
    Principal origem: Cervejaria/investimentos

    5-7. João Roberto Marinho
    Naturalidade: Rio de Janeiro
    Idade: 61
    Patrimônio (em R$): 23,80 bilhões
    Principal origem: Mídia

    5-7. José Roberto Marinho
    Naturalidade: Rio de Janeiro
    Idade: 59
    Patrimônio (em R$): 23,80 bilhões
    Principal origem: Mídia

    5-7. Roberto Irineu Marinho
    Naturalidade: Rio de Janeiro
    Idade: 67
    Patrimônio (em R$): 23,80 bilhões
    Principal origem: Mídia

    8. Eduardo Saverin
    Naturalidade: São Paulo
    Idade: 33
    Patrimônio (em R$): 17,53 bilhões
    Principal origem: Internet

    9. Marcelo Bahia Odebrecht & família
    Naturalidade: Bahia
    Idade: 46
    Patrimônio (em R$): 13,10 bilhões
    Principal origem: Construção/Petroquímica

    10. Abílio dos Santos Diniz
    Naturalidade: São Paulo
    Idade: 78
    Patrimônio (em R$): 12,83 bilhões
    Principal origem: Varejo

Glamour

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“Sempre fiquei fascinada diante do absurdo, do luxo e do esnobismo do mundo apresentado nas revistas de Moda” – Diana Vreeland

Diana Vreeland é mais que uma personalidade da Moda. Foi editora de duas das principais revistas de Moda do mundo (Vogue e Harpers Bazaar americanas).  Imprimiu um jeito andrógeno de beleza e se sagrou uma das mulheres mais poderosas no ramo editorial fashion. Glamour compila imagens de diversas épocas garimpadas por Vreeland e seu colaborador assistente.

Em um março qualquer de 2015, a editora Cosacnaify revolveu acabar com seus estoques fazendo um bota fora de arrasar. E Glamour, com sua capa dura vermelha oriunda de um livro em tamanho diferenciado, logo chamou minha atenção por ser de quem era; Diane Vreeland, grande mito da Moda.

Imagens, fotografias, textos, histórias, Glamour nos aproxima de um pouco do mundo que Diana Vreeland viveu e escreveu na história da Moda. Essa é uma obra para ser conhecida e relembrada. O quase Além da Moda, título escolhido e descartado para o livro, traz características de Diane quanto editora de moda.

Começo, meio e fim não fazem parte dessa obra, Vreeland mostrava uma des-unidade em suas compilações de ideias capaz de fazer sentido mesmo com várias opiniões contraditórias. Glamour é um livro referência para entender um pouco mais do mundo Moda.

Senhorita Julia

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Sou ganha com uma capa bonita, um título curioso, uma imagem encantadora, uma sinopse atraente, uma indicação bem fundamentada, tudo depende do dia, do meu humor e do saldo da minha conta bancária. A peça Senhorita Julia, confesso, me ganhou pelo fato de ter sido convidada a assistir, e claro, pela semelhança com meu nome.

Entre “pescadas” de sono da minha parte no início, já adianto que a semana foi puxada e o cansaço contribuiu para essa atitude, a peça alemã com legenda * conta a história do envolvimento da aristocrata Julia com o servo Jean na cozinha da casa, apesar da presença de Cristina, noiva dele.

Essa parte merece uma interferência, peça com Legenda? Isso, achei incrível essa parte da peça. Por se tratar de uma peça da 2ª Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, o espetáculo e alguns outros possuíam esse mecanismo para que adoradores da língua alemã não ficassem sem entender nada do conteúdo da história.

O enredo é um pouco cansativo, pelo menos achei, confesso que a história em si é mais do mesmo. Mas a maneira como a peça foi apresentada, os elementos de backstage que complementaram a atuação dos atores em cena foi algo inovador. A peça foi apresentada ao vivo em formato de cinema, ai está a sacada de mestre. Enquanto os atores se relacionavam em cada cena, as mesmas eram transmitidas com legendas em um telão acime deles. O som das cenas ficou por conta de outros atores que simulavam no microfone cada passo dos atores que representavam em cena.

Outro fator que fez a peça prender a atenção do espectador foi o trabalho em equipe. Cada cena possuía, além dos atores que estavam atuando, mais pessoas efetuando o papel de cinegrafistas para a transmissão da cena no telão. A ajuda dos atores ao sair de cena, aos outros companheiros fazia a engrenagem da peça rodar. Era uma contribuição mútua. Dependendo da cena, o ator que acabara de sair também auxiliava nas gravações e montagem de cenários. Algo muito inovador, uma peça dependia da outra por conta da gravação simultânea.

Super recomendo pelo fato do trabalho em equipe que surpreendeu a todos na sala do espetáculo!

O Clube do Livro do Fim da Vida

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Eram exatos 28 de novembro de 2014 quando começava a Black Friday no Brasil. Uma sexta-feira como outra qualquer, com o pequeno adendo de” descontos malucos” com duração de 24 horas, na maioria das lojas. Resolvi checar a veracidade dos fatos em um site de livros, chega de lenga-lenga, vulgo Saraiva.  E, de repente , me deparo com um livro cuja história achei interessante na primeira linha do resumo, com uma capa muito bonita e um preço de fechar qualquer compra. Bati o martelo. Seis dias depois, chegava à minha casa O Clube do livro do fim da vida.

Sou o tipo de pessoa que futuramente terá sérios problemas nas costas, carrego imenso peso em minha mochila, oriundos, claro, de livros, revistas, sou vintage, gosto de ter o livro na mão. Se depender de mim, o mercado impresso nunca irá acabar. Ok, vamos continuar plantando mais árvores!Will Schwalbe torço para que um grande roteirista adapte sua obra para as telas do cinema.E, vamos à obra!

Poderia ser mais uma história de alguém com câncer, mas não. É uma história de alguém que via na leitura um caminho para contribuir e se conectar com as pessoas e seus valores acima de tudo. Toda semana, durante dois anos no intervalo das sessões de quimioterapia, Will passou a acompanhar sua mãe Mary Anne. Nesses encontros, conversam de tudo, da máquina de café, ao que para eles realmente importa; a vida e aos livros que estão lendo.  A relação mãe e filho ultrapassa todo e qualquer entendimento de mundo. Eles  se redescobrem,  falam de fé, coragem, de família, gratidão, além  do poder que a leitura pode exercer sobre cada um.

Formam assim um quase tradicional clube do livro com 2 componentes; Will e sua mãe. O clube do livro do fim da vida é uma incrível e bem-humorada celebração da vida! Leiam já!

Meu Deus

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Já imaginou Deus na terapia? Nos tempos atuais não é de nenhum espanto se isso acontecesse na vida real. Longe querer questionar a Deus, mas nesse mundão, com tantas coisas sem muita explicação acontecendo seria uma situação inusitada, mas no fundo do fundo “intendível”.

Irene Ravache,  a terapeuta, e Dan Stulbach, Deus, começam a peça com questionamentos interessantes. Esses dois atores são de tirar o chapéu, mesmo em uma noite de chuva (como foi o caso do dia que assisti a peça). Tem uma presença, um carisma, um “tchan”.

Deus está cansado de lidar com tanto problema, resolve marcar uma consulta com a psicóloga Ana, mas não por acaso,  a profissional além de ajudar será de certa forma ajudada pelo soberano, uma vez que a elegeu não por acaso.

As piadas são boas, mas algumas clichês demais. O que realmente segura  o espetáculo até o fim é a interpretação dessas duas figuras de nossa dramaturgia. O texto da israelense Anat Gov deixa a desejar. Via inúmeras possibilidades para Deus ir a uma terapeuta, e meio que o texto desanda do meio para o final da obra.

A peça vale a pena ser assistida, afinal, que obra não tem os seus declínios? E temos bons motivos para dar umas boas risadas com esses dois atores sensacionais!

Teatro Tuca – SP

Ron Mueck

Deus ajuda quem cedo madruga

Tudo que é bom se espalha rápido, e a fama da exposição do australiano Ron Mueck se espalhou como pólvora. Nos noticiários, guias da semana e sites culturais a manchete que se lia fazia referência a impressionante exposição do artista. Filas e mais filas se amontoavam na porta da Pinacoteca de São Paulo localizada próximo à estação de trem da Luz, em São Paulo. A solução? Acordar cedo, passar um bom protetor solar, separar a carteirinha de estudante e por que não contar com a ajuda do destino e estar de folga durante a semana?

Dito e feito, cedo pra Pinacoteca. Pena que umas 300 pessoas tiveram a mesma ideia. Mas o que são 300 pessoas? Uma hora na fila foi o bastante para voltar a pisar no prédio da Pinacoteca e me deparar com obras hiper realistas e incrivelmente reais, se não fossem gigantes demais ou pequenas ao extremo. Ron Mueck e seu perfeccionismo são de impressionar. Não tenho talento para nada, nem meu brigadeiro consegue sair sem bolinhas, mas o dom de um artista plástico é de se admirar.

Com orientações de que não é possível voltar a sala que já se saiu, a exposição conta com 5 instalações de arrepiar pela minuciosidade das obras. E cerca de nove esculturas nos ambientes. Rom merece a visita. Detalhe para uma sala mostrando em vídeo o processo de criação das peças no ateliê do artista. Vale a pena a fila. Por isso, chegue antes da casa abrir e se possível o mais cedo possível. De lambuja dê uma conferida na estação da Luz que é um espetáculo a parte, sua estrutura remete as estações de trem antigas. A expo vai até 22/2.

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O que eu sei de verdade

10997050_871637972893774_826284846_nMochila na frente do corpo em um transporte lotado evita qualquer tipo de briga, esticar o pescoço para descobrir um livro novo no metrô pode acarretar um princípio de amizade, deixar dinheiro fácil na carteira é sinônimo de educação na fila da catraca, caso seu bilhete venha a falhar, pegar a fila do mercado com apenas um item (diga-se de passagem uma lata de leite condensado)irá te tornar feliz no preparo de um brigadeiro, pegar ônibus um ponto antes do habitual para tentar sentar é um alívio para suas penas,  interromper a música de seu iPobre para ouvir a discussão alheia pode ser enriquecedor para obter um novo ponto de vista. O que eu sei de verdade é que a cada amanhecer, novas verdades surgirão, e estarei aberta para todas elas.

Foi com essa pergunta; do que você tem certeza, que Ophah se sentiu desafiada e ao mesmo tempo sem palavras. A partir daí, resolveu levantar algumas certezas que ganhara a cada nova manhã, a cada nova experiência, com o decorrer de cada erro e acerto. Esse se tornou o mote para sua coluna na Revista O. A cada novo texto uma certeza descoberta, um ponto de vista a ser compartilhado. E, se passaram 14 anos de certezas adquiridas com a vida e reunidas para o livro O que eu sei de verdade, da apresentadora americana Oprah Winfrey.

Sabe aquele livro leve, gostoso, com histórias palpáveis, acontecimentos que remetem ao seu dia a dia? Pois bem, O que eu sei de verdade te transporta para olhar as coisas do cotidiano com uma percepção mais humana, não rotineira. Uma obra pra ler, reler, grifar, compartilhar, emprestar, ah e ler de novo sempre que sentir vontade!

Faça acontecer

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Onde morar? Com quem casar? Onde trabalhar? Nada disso, a grande dúvida da mulher moderna continua sendo; eu tô do lado certo da Marginal?

Vi em um cartaz essas interrogações e parei para pensar como o papel da mulher na sociedade ganhou outro patamar.  Hoje grande parte do sexo feminino tem o maior dos poderes ao seu alcance; a escolha. Infelizmente em alguns lugares isso não perdura, mas estamos na luta para que essa seja a realidade de 100% de toda a população feminina.

Volta e meia me pego pesquisando a vida de “grandes mulheres”. Algumas fizeram história, outras estão fazendo, algumas moram nas mesmas casas que a gente, enfim, penso no papel da mulher na sociedade e logo me indago como podemos aceitar uma condição submissa a nosso semelhante se representamos metade da população mundial, segundo a ONU. Ridículo pensar que não temos os mesmos direitos que qualquer outro ser humano na face da Terra.

Temos que provar todos os dias que somos capazes de fazer algo que somos capazes. No dia a dia, consigo contar nos dedos o número de mulheres em cargos de chefia. Graças a Deus, minhas duas mãos já estão se enchendo e informo que meu pé irá entrar na dança. Mas ainda assim, vejo incríveis mulheres em postos menores a sua real capacidade. Acredito que seja consequência de nossa cultura machista que ainda impera. Mas isso vai mudar, mais cedo, ou mais tarde, essa igualdade será palpável e junto a ela teremos que também arcar com as responsabilidades que ela irá acarretar. Não importa. Queremos ter a chance de abraçar com todas as forças, ou até mesmo de renunciar com humildade que não damos conta do recado. Mas queremos ter a chance de opinar.

Foi indagando a condição da mulher nos tempos atuais que encontrei o livro Faça Acontecer, de uma executiva, melhor,  a mais alta executiva do Facebook (aquela pequena rede social avaliada em mais de U$200 bilhões ), Sheryl Sandberg. O livro traz uma ótima reflexão sobre sexo feminino no mercado de trabalho, na vida pessoal e referente à vontade de liderar.  Por meio de suas experiências Sheryl avalia como é difícil a vida no trabalho tendo que abrir mão, ou não, de algumas coisas para conquistar outras, e vice e versa. Sandberg ainda aponta como a mulher pode se tornar sua própria sabotadora no quesito escolha. Leitura mais que obrigatória para entender o papel da mulher na sociedade. Detalhe ; o livro trata a questão de igualdade de forma imparcial e até muitas vezes realista, podendo assim até pender para o lado masculino, mas está aí o pulo do gato, a igualdade não enfatiza que a mulher precise ser melhor que o homem, ou travar uma briga pelo primeiro lugar. A igualdade está na questão de ter os mesmos direitos. Leitura mais que recomendada para homens e mulheres.

Made by….feito por brasileiros!

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Imponente! O Hospital Matarazzo é de uma grandiosidade tamanha. Não sei se isso acontece apenas comigo, mas assim que adentrei ao estabelecimento, tive a sensação de estar pisando em um gigantesco labirinto. Salas, corredores, leitos, jardins e andares de dimensões infinitas ao tamanho de um ser humano de 1,80m de altura.

Logo no início o visitante é confrontado com a obra de Arne Quinze, um espécie de árvore gigantesca feita de madeira. Mas, olhando mais de perto, a obra remete a um gigante ninho. Interessantíssimo. Os leitos ganharam montagens de diversos artistas, ou entusiastas das artes. De fotografias à esculturas, de trabalhos com madeira à exposições com participações humanas em tempo real. Os espaços são bem distribuídos, as obras foram expostas de forma singular ao ambiente.  Feito por brasileiros é uma feliz invasão criativa na selva de pedra São Paulo.

É interessante a utilização de espaços que apenas cumpririam seu papel no mundo, o de ser um simples espaço em determinada construção. Mas não, quartos pequenos ganham dimensões artísticas, uma das escadarias principais ganha um lago a sua volta, outros leitos ganham combinações de lâmpadas divertidas, e outros espaços apresentam intervenções artísticas intrigantes, seja por meio de vídeos, pinturas, grafites, montagens.

Vá! Essa é a prescrição médica recomendada a todas as pessoas que queiram ver algo diferente, algo novo, algo intrigante e revelador. E, mais que nomes novos e batidos da arte, a mistura de talentos ultrapassa todos os campos da arte à moda (com uma instalação de Oskar Metsavaht, Tunga, Zé do Caixão, etc).

Onde: Hospital Matarazzo – Alameda Rio Claro,190 – São Paulo

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O Mercado de notícias

 

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O instagram também é cultura. Aliás, quem disse que não é? Na verdade achei interessante começar com essa frase irônica, pois foi por lá que descobri o documentário ‘’O Mercado de Notícias’’. Sigo pessoas da área, e assim como num piscar de olhos me deparei com a postagem de uma jornalista. Em primeiro momento ficou em meu inconsciente ver a película,  algo não muito tardio, mas não muito precoce também. E assim foi, a convite de uma amiga me animei a ver o DOC. E, foi na hora certa, nada como poder refletir sobre  a profissão com um olhar de quem nela está há muitos anos, para não falar profissionais mais que calejados e de gabarito.

São 134 minutos que inspirados pela peça homônima do dramaturgo inglês Bem Jonson ;’ The Staple of news’, a peça é uma crítica humorada sobre uma atividade recente na época; o Jornalismo. O filme traz um paralelo da criação da mídia, destacando seu papel na construção da opinião pública e seus interesses.

O documentário de Jorge Furtado traz Janio de Freitas, Bob Fernandes, Luis Nassif, Mino Carta, Renata Lo Prete entre outros profissionais refletindo sobre a profissão, inclusive, trazendo à tona, casos que marcaram o exercício da mesma. Dois emblemáticos casos do jornalismo brasileiro citados no DOC vão de encontro com a necessidade de apuração da notícia. O primeiro relata o caso Escola Base que acabou com a vida dos donos da instituição acusados de maus tratos e pedofilia (ficou comprovado que não houve nada disso, mas a mídia fez o caso ganhar tamanha proporção. E, ficou evidente que a apuração aprofundada do caso poderia evitar o estrago na vida dos donos da escola). O segundo é a respeito de uma obra de Picasso que supostamente estaria em um prédio do INSS. (Detalhe a obra vista pessoalmente, no caso pela tela do cinema, é uma reprodução barata. A mais leiga pessoa saberia identificar). Mais uma vez a apuração dos fatos é crucial, porém com o advento da tecnologia as agências de noticias precisam dar o furo, e a apuração, procedimento fundamental, mais uma vez cai para segundo plano.

Esse DOC é fundamental para profissionais, estudantes e leigos da profissão, refletir o jornalismo e a forma como ele se dá é o ponta pé inicial para uma população que possa pensar com sua própria cabeça.    

Itaú Cinemas

Cine Livraria Cultura

Pérolas

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Até 28 de setembro a  exposição Pérolas estará em cartaz no MAB-FAAP, Pacaembu. Dica amiga; pode chegar ao espaço pelo metrô Marechal Deodoro e andar horrores, também pode descer na estação do metrô Clínicas e caminhar mais alguns horrores, ou por fim, desça no metro Paulista, pegue a Angélica, entre ali, aqui, acolá, também caminhe,  chegando assim ao vosso destino. Se o local das exposições forem de acordo com a raridade das mostras a serem apresentadas, as pérolas estão de parabéns! Brincadeiras a parte! Cada passada valeu a pena!

Num ambiente escuro, porém envolto a elementos do mar, Pérolas acerta em cheio ao contar a história dessa joia rara. Colares, anéis, tiaras, coroas, pulseiras, peças de grandes personalidades (de rainhas a grandes atrizes e pintores), a exposição surpreende o visitante do começo ao fim com curiosidades que não acabam mais (peças cedidas pelo Qatar Museus);

– As pérolas não são tão esféricas quanto parecem

-Elas não são formadas em torno de grãos de areia que conseguem entrar na ostra

-As joias mais perfeitas são fabricadas, 50% naturalmente + 50% artificialmente (descubra na exposição como isso acontece, sensacional)

-A cada 2 mil ostras, 1 pode ser encontrada com formação de uma pérola quase perfeita (taí pq empresas preferem cultivar a fabricação de pérolas)

-Elizabeth Taylor foi grande adoradora dessa joia

– Nunca se viu tanta pérola por metro quadrado, como nessa exposição (tirando os bailes e eventos de gala da High Society)

-Salvador Dalí fez um obra sensacional em formato de boca com as pérolas, vide na exposição!

Espectadores, essa sim é uma exposição para se surpreender!

Nr Style indica!

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FAAP

http://www.faap.br/hotsites/exposicao-perolas/

Ópera do Malandro – Tem que ver!

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Chico Buarque não está na capa da Caras, não ostenta marcas da moda, não troca de namorada como quem troca de roupa, e muito menos está nos programas de TV de domingo a domingo. Jaba não duvido que ganhe. Mas quem não gostaria de ganhar? Chico é o ‘’Cara’’. Estou para ler seu livro – Leite derramado, mas a fila de espera das obras que preciso ler já está dando voltas no quarteirão. Mas um dia chego lá. Para me redimir, ouço suas músicas, e quando possível assisto suas obras que ganham vida nos palcos.

Montado originalmente em 1978 por Chico, Ópera do Malandro, traz à tona questões que parecem, e estão, vivas mesmo com o passar do tempo. Fazendo um paralelo entre a cultura popular do malandro brasileiro e autores universais como Bertolt Brecht e John Gay.  Buarque estabelece um paralelo com a crise política-social-econômica que o país vivia na década de 70. Além claro, de também discute assuntos pertinentes da época, como a promiscuidade existente entre a ditadura de Vargas e o Fascismo do momento. A maneira como dribla a censura em prol da liberdade de expressão é de se ficar embasbacado com tamanha inteligência. Ai de mim que nem conseguia driblar algumas escapulidas de casa, imagina de um governo que não quer ser contestado.

 Ópera do malandro entrelaça a história amorosa da filha de um poderoso chefão (dono de bordéis) com um perspicaz malandro (dono de uma importadora, contrabandista na verdade). Os dois acabam por se tornar inimigos mortais, sem nem ao menos se conhecerem a fundo, a fama do malandro é que não agrada o dono dos bordéis. Fato interessante é a maneira como ambos tratam seus negócios, que segundo seus donos, são trabalhos dignos.

Sabe de nada inocente, Chico e uma grande leva de artistas driblaram como ninguém a ditadura. Sambaram na cara dos opressores da forma mais perspicaz. Música, figurinos, cenário, 3 horas foram suficientes para exprimir as referências de uma época que foram importantes na construção de uma cultura.

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Serviço: Ópera do Malandro

R$10 – de 8 a 31/08

CCBB SP – Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo

http://culturabancodobrasil.com.br/portal/

Cores do Brasil

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Oca (Ibirapuera) mais lúdica: Projeto cultural fotográfico traz a união de Moda, fotografia e responsabilidade social

Sob o olhar atento de jovens de algumas comunidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belém e Fortaleza, e com a batuta criativa da dupla de Designers Basso & Brooke (Bruno Basso & Christopher Brooke); Cores do Brasil é um projeto cultural que tem como objetivo trazer um novo olhar desses jovens ao cotidiano.

Unindo moda, design, fotografia, digital print e responsabilidade social, o fotógrafo Tuca Vieira foi o responsável por ministrar oficinas aos participantes do projeto e possibilitar conhecer um pouco mais sobre essa arte.

As imagens obtidas durante os workshops foram inseridas em ambientes criados pelo atelier de cenografia Marko Brajovic. Ao fim do curso, mais de 12 mil imagens foram compiladas e enviadas aos designers Basso & Brooke. Com a curadoria criativa da dupla, é possível encontrar a mistura das cores e imagens mais instigantes que se possa imaginar.

E, é das páginas de um grande livro que o visitante pode se deliciar com as mais variadas imagens, estampas, cores, e a mistura de todas elas na exposição que irradia o cotidiano visto por diversos ângulos. Além claro, de figurinos criados pela dupla de designer para compor os ambientes.

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Quer saber como tudo isso aconteceu? Corre pra Oca, que no espaço da exposição ainda é possível assistir como foi a criação e o desenvolvimento desse projeto.

Oca – Ibirapuera – Exposição ‘Cores do Brasil’ (entrada franca)
Data e horário: de terça a domingo, das 9h às 17h (de 3/07 a 2/08)

Yayoi Kusama: Obsessão infinita

Reprodução
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Ambientada no instituto Tomie Ohtake, São Paulo, a exposição: Yayoi Kusama – Obsessão Infinita apresenta a primeira retrospectiva da obra da artista japonesa na América Latina.

Já era de se esperar a formação de gigantescas filas na entrada de qualquer que fosse a instalação dessa exposição. E, não foi diferente, 40 minutos de uma ansiedade tamanha para ver de perto o legado dessa japonesa.

Conhecida por utilizar em seus trabalhos as famosas ‘’polka-dots’’ (estampa de bolinhas), outra característica peculiar de Yayoi está na utilização de repetições de ilustrações/imagens em suas obras e ambientes que deixa evidente a compulsão da mesma em repetir atos e suas fixações psicológicas. Pontos esses que representam o Minimalismo e a Pop Art presente no trabalho da artista.

A exposição traz ambientes ricos em imagens, vídeos, quadros, mas dois ambientes chamam a atenção do público; Sala de espelhos infinitos, Sala “I’m Here, But Nothing”. A primeira composta por pontos de luz e espelhos é capaz de transmitir profundidade. Já a segunda apresenta um jogo de espelhos que proporciona a impressão de um jardim infinito de suas famosas estampas de bolinhas vermelhas.

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Ultrapassando os limites da Arte, a artista colaborou com a marca Louis Vuitton em 2012. Encantado com a energia da artista, Marc Jacobs, então diretor criativo da marca, conheceu o ateliê da profissional e pode ver a sinergia da obra de Kusama com a marca LV. Surge então a coleção Infinitely Kusama, uma parceria inspirada nas famosas estampas de bolinhas que transita de uma bolsa até acessórios como óculos e sapatos.

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Confira:

Instituto Tomie Ohtake – SP

22 de maio a 27 de julho

De carona na Vespa!

‘’Vespa; um ícone italiano – História, Cultura e Design’’ no MCB (Museu da Casa Brasileira)
‘’Vespa; um ícone italiano – História, Cultura e Design’’ no MCB (Museu da Casa Brasileira)

Made in Italy, a motocicleta Vespa criada em meados dos anos 40, protagoniza a exposição ‘’Vespa; um ícone italiano – História, Cultura e Design’’ no MCB (Museu da Casa Brasileira).

Com um ar Vintage, abusando das cores, e design, a Vespa marcou época e continua fazendo a menina dos olhos de muita gente brilhar. Não só pela sua construção, mecânica e alta tecnologia pros anos 40. Mas sim, pelo lifestyle que o veículo oferecia aos seus admiradores / compradores. E, não pense que verá Vespas enferrujadas, ou caindo aos pedaços. Emprestadas por seus colecionadores, os modelos expostos estão mais novos que muitas motos 0 Km por ai.

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Um dos divisores de água para a fabricante italiana Piaggio foi a participação de um de seus modelos no filme A Princesa e o Plebleu (1953), este, estrelado por Audrey Hepburn e Gregory Peck. O mundo passa a venerar a Vespa como um objeto essencial de desejo e consumo. Símbolo de independência, o veículo evidencia um produto que atravessa gerações em decorrência da qualidade de seu design.

Em ’Vespa; um ícone italiano – História, Cultura e Design’’ será possível conferir um túnel do tempo contando a história da Vespa, e em paralelo é feito uma análise do que acontecia no mundo no decorrer da criação da motoneta. Além claro, é possível ver de perto modelos clássicos do veículo (todos de colecionadores que cederam as peças para a exposição).

Mais que conduzir pessoas, a Vespa foi a responsável por introduzir a independência feminina por meio da publicidade, como é possível atestar na exposição em cartazes de cinema, anúncios publicitários e outras imagens.

Que tal pegar uma carona nessa Vespa?

Serviço:

MCB (Museu da Casa Brasileira) e Instituto Italiano de Cultura de São Paulo

Data: em cartaz até 3 de agosto

Onde: Av. Brigadeiro Faria Lima, 2705

Apoio: Embaixada da Itália no Brasil, Fondazione Piaggio di Pontedera, Museo Piaggio, Centro Multimediale del Cinema e Scooteria Paulista

Uma jornalista fora do Padrão

 

Livro: O amor chegou tarde em minha vida
Livro: O amor chegou tarde em minha vida

 

De Brasília para o mundo. Em seu primeiro livro, Ana Paula Padrão apresenta uma análise, não cronológica, da mulher dos anos 80 pra cá. A jornalista mescla acontecimentos de sua vida pessoal com o cenário de como a mulher foi e é vista atualmente no mercado de trabalho.
Referência no jornalismo, Ana Paula ainda relata feitos históricos de sua época de repórter. A entrada em Kosovo num período de guerra, e um passo audacioso ao cruzar a fronteira do Afeganistão evidenciam a coragem dessa profissional que não media esforços pela notícia.
Esforços esses que pairam na linha do equilíbrio hoje em dia. O amor chegou tarde em minha vida relata a busca e o encontro por uma pessoa que consegue manter em equilíbrio sua vida pessoal e profissional. Ou, na verdade tem isso como meta primordial.
Desde a saída da Rede Globo, sua passagem pelo SBT e seu fim (esperamos que seja momentâneo) como âncora de um jornal diário na Rede Record, Ana Paula Padrão direciona seus esforços como profissional para suas duas empresas; Touareg e Tempo de Mulher.
O livro apresenta duas faces de uma jornalista fora do padrão, uma empreendedora em ascensão e alguém que apenas busca incentivar as mulheres a dar um passo adiante rumo a realização.

Serviço:

O amor chegou tarde em minha vida

Editora: Paralela

Páginas: 206

Fast Fashion: a doença do século (Infectada!)

Filme -Os delírios de consumo de Becky Bloom
Filme -Os delírios de consumo de Becky Bloom

Há quem condene o fast fashion (surgido na Europa), e há quem o glorifique pelo mesmo motivo. Hoje marcas como C&A, Riachuelo, Renner, Marisa, Forever 21, Top Shop, Top Man, Cotton On, Gap e Zara são as responsáveis por difundir esse segmento de moda no país. Moda rápida, moda democrática, em sua maioria de qualidade duvidável. Mas em sua totalidade, é o caminho para o acesso à informação de moda, de forma certeira.

Conhecido por possuir uma política de produção rápida, o fast fashion surge para oferecer o que o consumidor dita, e não mais única e exclusivamente a criação de um estilista, que antes isolado do mundo acabava por ditar tendência. Característica crucial desse modelo de negócio é o constante abastecimento das araras com novas opções de peças quinzenalmente, e por que não dizer semanalmente?

Na moda tradicional, a marca apresenta uma coleção, mas nem tudo que está na passarela será realmente produzido. A brand irá aguardar para ver o que irá emplacar. O cliente vai escolher produtos dentro da coleção. No fast fashion a coleção vai ser feita a partir do produto. Só é fabricado aquilo que vende.

Guiado pelo desejo do consumidor em total sintonia com os chamados coolhunters (caçadores de tendências), o fast fashion define o que vai para as araras baseado na soma desses dois canais de informações. O leitor de código de barras passou a gerenciar uma massa de informações responsáveis por tabular a vontade de um nicho. E, os caçadores de tendências possuem a missão de descobrir o que ainda nem virou moda. Trocando em miúdos, a junção do desejo do consumidor + as tendências indicadas pelos coolhunters, ditam a Moda.

Fast, slow, cara, barata, a Moda é uma só. O fashion é produzido e consumido, agora, mais do nunca por todos. O fast fashion veio democratizar e humanizar a informação de moda. A desconstrução do mercado de moda com o fast fashion possibilitou fazer a moda um fator de inclusão e não mais elitista como fora um dia. Grandes estilistas se renderam, rendem e irão se render a esse mercado de varejo que leva o design de ponta cada vez mais para perto da grande massa.

Se o fast fashion é um vírus que infectou a indústria fashion, que seja em prol de um mercado com infinitas possibilidades de moda!

 

Chanel na OCA

Sabe aquela típica tarde no parque? Melhor ainda se for regada a uma boa exposição de um assunto que curto horrores: Moda. E para animar ainda mais, que tal unir; OCA+ Karl Lagerfeld+ Carine Roitfeld. Dá é uma boa liga!

Está em cartaz na OCA, parque do Ibirapuera, a exposição fotográfica: The Little Black Jacket. E  fui conferir de perto a mostra de fotos de Karl Lagerfeld e Carine Roitfeld.

Com entrada gratuita, o visitante tem a oportunidade de ver a clássica jaqueta preta da Chanel revisitada em fotos com inúmeras personalidades (cinema, moda, cultura, etc). Sob o olhar atento do badalado estilista Karl e da editora de Moda Carine Roitfeld o visitante se surpreende com as inúmeras possibilidades de vestir a famosa peça.

A The Little Black Jacket é revisitada em todos os campos como vestimenta, desde o uso simples da peça, a parte de um vestido da realeza, passa também de uma peça sem mangas, a parte integrante de um uniforme de freira.

Vale a pena conferir! E a experiência não para por ai, no final da exposição ainda é possível levar para casa três fotos/cartazes da exposição!

Serviço:

The Little Black Jacket

OCA – Ibirapuera

Até 01 de dezembro

Evento Gratuito!

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Fashion Marketing – Relação da Moda com o Mercado

Livro Fashion Marketing
Livro Fashion Marketing

A Moda é uma indústria que vende milhões, sejam para a classe A, B, C, D, ou E. Como todo mercado, requer uma análise, um estudo, e levantamentos capazes de entender tamanha a proporção de louros que esse ramo pode gerar.
Glória Kalil, autora do livro, mais que consultora de etiqueta que aparece no Fantástico (programa dominical da Rede Globo de Televisão), é uma empresária que há décadas acredita nessa indústria. Trouxe na década de 80, a marca italiana Fiorucci ao país. Depois de lidar com o mundo dos negócios, resolveu encarar carreira de consultora de moda e negócios, além de seu trabalho como jornalista, e autora de vários livros nesse segmento.
Em 2006, com o apoio do Senac, organizou o seminário Fashion Marketing para discutir o mercado da Moda, e suas diretrizes; uma moda que brilha mas não vende, o que é que a moda brasileira tem, e criatividade que dá lucro.
Assim trouxe nomes icônicos do mercado fashion para debater questões ligadas a todo o universo da Moda, desde a confecção das coleções, a como gerir e vender. O livro reune palestras de 3 anos do evento (2006, 2007 e 2008). Dentre os profissionais estão: Amir Slama, Carlos Miele, Paulo Borges, Karim Rashid, Roberto Stern, Alexandre Herchcovitch, Daniella Helayel, Alexandre Birman, Ermenegildo Zegna, Tufi Duek, entre outros.
Os cases apresentados pelos profissionais do mercado servem para a discussão de como a Moda é rentável, e como sua cadeia merece ser revista para futuras mudanças, a fim de que possa cada vez mais crescer. Esse é uma leitura obrigatória para quem quer conhecer um pouco mais sobre a relação mercado e Moda, e para os amantes desse mercado que os inspira cada vez mais!

Dica: Fashion Marketing
Autora: Gloria Kalil
Páginas: 142
Editora: Senac

A Menina do Vale

Livro A Menina do Vale
Livro A Menina do Vale

 

Bel Pesce é uma jovem empreendedora, com o perdão da rima, inspiradora. Teve a oportunidade de estudar Engenharia e Administração no MIT (Massachusetts Institute of Technology), renomado centro universitário de educação e pesquisa privado, localizado em Cambridge, nos Estados Unidos. Trabalhou na Microsoft, Google, e no próprio MIT. Acho que com 24 anos, e um currículo desse porte, a empreendedora começa a dispensar mais apresentações.

A Menina do Vale conta a trajetória dessa jovem brasileira empreendedora e moradora do Vale do Silício, local que é considerado pelo mundo um importante centro de inovação tecnológica. Por lá já passaram figuras lendárias da tecnologia como, Steve Jobs, Bil Gates, e muitos outros. O livro ainda traz dicas para aguçar o lado empreendedor de cada um.

É possível se deparar com relatos emocionantes, tal como; a maneira que ela conseguiu entrar no MIT (oportunidade+preparo+dedicação). Ao perder os prazos para a inscrição na faculdade, Bel percebeu que precisaria ser criativa para entrar, soube de outro aluno que estava prestando MIT, pediu o endereço da pessoa que o tinha entrevistado, logo apareceu na casa do entrevistador. Levou seu portfólio de ideias, projetos, e obteve, mesmo com o prazo encerrado, um relatório que fora enviado ao MIT com boas referências de sua pessoa.No dia da prova, foi a escola que aplicaria o teste na esperança de que houvesse alguma desistência por parte de algum aluno. Dito e feito,Bel fez o teste.

Com uma linguagem clara, objetiva e direta, o livro é uma ótima oportunidade de se deparar com um exemplo inspirador e criativo. Além do que, é possível baixar o exemplar gratuitamente pelo link:http://biotecnologia.iptsp.ufg.br/uploads/236/original_AMeninadoVale-BelPesce.pdf

(Compartilhamentos: Sinestésica que sou, prefiro o exemplar impresso que não custa tão caro. Gosto de folhear, rabiscar, grifar, anotar em cadernos. E com essa era digital de livros, me pego avessa a esse tipo de tecnologia).

Dica: A Menina do Vale

Autora: Bel Pesce

Páginas:157

Editora: Casa da Palavra

Lixo Extraordinário

“Eu prefiro ser um cara que quer tudo e não tem nada, do que ser o cara que tem tudo e não quer mais nada. Porque sua vida, pelo menos enquanto você não tem nada e está querendo alguma coisa, ela tem um significado. Ela está valendo a pena ser vivida. No momento em que você acha que já tem tudo, você começa a procurar significado em outras coisas. Eu passei metade da minha vida querendo tudo e não tendo nada. E eu estou passando uma fase que eu tenho tudo e não quero nada. Eu começo ver as coisas de uma forma mais simples hoje em dia. Não tenho tanta ambição material como eu tinha antigamente. Eu era pobre, eu só queria ter coisas materiais, eu só queria ter coisas. E eu tive que comprar muita porcaria para poder me livrar desse complexo.” (Vik Muniz)

Como ficar indiferente a um morador de rua, um catador, ou até mesmo uma mulher e seus filhos quase sempre sentados em busca de esmolas para o próximo pão? Sim, nosso sistema é indiferente a isso. São pequenas atitudes que podem mudar esse panorama, e Vik Muniz deu o primeiro passo.

 
Lixo extraordinário retrata a vida de pessoas que vivem literalmente no lixo, mais precisamente no maior lixão do mundo; Gramacho, na cidade Maravilhosa. (capitou a ironia?). Este documentário foi indicado ao Oscar, repercutiu em todos os tipos de mídias, e mesmo assim não levou a estatueta para casa, me pergunto quais são os reais critérios dessa premiação? Ok, não entendo nada de cinema, mas entendo um pouco de histórias e essa foi muito bem contada.

 
O documentário desperta um misto de sentimentos ao espectador; orgulho, vergonha, força, tristeza, raiva, perseverança, é louco isso, mas são as histórias de vida de pessoas que optaram pela dignidade e preferiram o trabalho duro, a qualquer caminho torto (prostituição, tráfico de drogas, roubo, etc). Isso é mostrado de forma natural, uma vez que é a história de vida dos personagens do lixão.

 
Em uma passagem do documentário é evidente a maneira como muitos dos catadores se enxergam erroneamente na sociedade. A equipe de Vik resolve gravar algumas imagens do lixão, quando no fundo alguns catadores aos berros expressam: – Filma nois aqui para o mundo animal. Esse sentimento de desigualdade reverbera escandalosamente na consciência desses trabalhadores, é a mais pura verdade, infelizmente é como a sociedade os enxerga.

 
Vik encontrou histórias de vida pelas quais resolve fazer a diferença, ele mesmo expõe sua vontade em mudar a vida de alguém,de um grupo de catadores para que sirvam de exemplo aos governantes, afinal atitudes assim fazem a diferença. Decide tornar protagonista alguns catadores que fazem à locomotiva Gramacho caminhar.

 
A partir de sua arte, elege suas musas e musos na confecção de telas gigantes construídas a partir do lixo. É surreal descrevê-las, as obras de longe são nítidas em suas imagens (retratos dos catadores em poses significativas para o modo de vida de cada um deles) e de perto é possível perceber a presença dos materiais retirados do lixo para sua confecção. Cada personagem participou da confecção de seu quadro, e contribuiu para a elaboração do quadro de seu colega de lixão de Gramacho.

 

 

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Lixo extraordinário representa a maneira como a arte pode mudar a vida e levar uma ponto de esperança a todos. O dinheiro arrecadado com cada obra foi convertido para todos os catadores protagonistas e para a organização dos catadores de Gramacho. O documentário dá um tapa na cara de todos nós levantando como como são tratadas as questões de desigualdade social por nossos governantes, melhor, não são tratadas.
Assistam, aluguem, comprem, reflitam!

 

 
Ps: …tem o Doc no Youtube!

http://www.youtube.com/watch?v=FGjEk3SiXkE

Uma garrafa no mar de Gaza

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Quem nunca se perguntou: para que tanta guerra? Como pode um ser humano ter tanta raiva de outro ser humano, acreditando radicalmente em uma religião? Camicases vocês estão fazendo errado, por que ao invés de explodir, não conversar? Discutir? Voto até no par ou ímpar, e ponto.

Uma garrafa no mar de gaza não tem a pretensão de ser um filme político ao extremo, mas ao passo que uma jovem judia francesa de 17 anos se muda com seus pais para Jerusalém, vinda de um mundo complemente avesso a quantidade de guerras, ela começa a levantar questionamentos a respeito da cultura de seu novo povo, e seus ‘’inimigos’’ Palestinos.

Tal Lavine (Agathe Bonitzer) presencia a explosão de um café a poucas ruas de sua casa, inconformada com a situação, resolve escrever uma carta endereçada a qualquer palestino de Gaza que a encontre. Atirada ao mar, a carta com e-mail para a resposta é encontrada numa praia por um grupo de amigos.

No primeiro momento o grupo de amigos palestinos zombam das indagações da jovem francesa, porém Naïm Al Fardjouki (Mahmud Shalaby) fica com a pulga atrás da orelha, pois ao que tudo indica ele também possui algumas delas. Escondido, opta por responder a carta de Tal.

Não pense que o filme é um mar de rosas, Naïm Al Fardjouki é órfão de pai, ele mora com a mãe e trabalha como entregador no estabelecimento do tio. O começo da troca de mensagens entre Naïm e Tal é irônico, simplesmente, cada um quer defender sadiamente o seu lado. Tal quer entender quem são as pessoas que odeiam tanto o seu lado do país. Já Naïm, é ríspido e preconceituoso em suas respostas. Aos poucos nasce um diálogo com a troca verdadeira de histórias. Óbvio, conversa essa com as características peculiares da educação de ambos os povos; de um lado a educação e delicadeza de uma europeia, e do outro o jeito sofrido de um Palestino.

Intrometo-me na resenha deste interessante filme: acredito que algumas falhas são perceptíveis no filme, o fato de se aprofundar nas características dos personagens centrais é um ponto falho. A película demora a apresentar a maneira como vivem as culturas distintas de ambos os lados. Além do que, mostram no meio do filme, e superficialmente. Ora, o filme acaba por perder um bom tempo com questões que nada acrescentam na história.

Logo, digamos que somos compensados por esse ponto a menos, a maneira como passam a destacar a ambientação dos dois lados e seus contrastes gritantes é um ponto a favor. Do lado de Gaza é fatídico como existe uma falta de perspectiva para a juventude, sem motivação para estudo, crescimento. Já o lado de Jerusalém, vulgo lado de Tal, é cercado pelo conforto, extensas oportunidades. O que os uni, é justamente o medo de ataques e atentados.

O filme evidencia uma questão pra lá de interessante (estou sendo redundante, ele por si só já é), até que ponto a Gaza é dos Palestinos? Uma vez que os palestinos são obrigados a fugirem de sua própria Terra para sobreviverem. Uma Terra em que seu dono é obrigado a buscar vida fora dela. Já Tal, terá desenvolvimento onde quer que esteja, seja na França, em Jerusalém (lugar que pertence a seu povo), no raio que a parta.

A amizade criada a partir de uma garrafa entre Tal e Naïm é o ponto alto do filme, uma vez que não é forçada aos clichês do Universo cinematográfico. De um lado a ingenuidade de uma garota, e do outro lado a vida ríspida da vida de um jovem Palestino que buscou oportunidades em lugares jamais oportunos. Naïm Al Fardjouki resolve aprender Francês (bem quando conhece Tal por e-mail, que é francesa), de lá pra cá, consegue bolsa da embaixada da França para praticar e estudar o idioma.

Uma garrafa no mar de Gaza, carimba sua intenção de passar não pensamentos ideológicos, mas o conhecimento leve de duas culturas, e da boa vontade dos jovens de ambas em meio a falta de escolha de lados. Ressalta ainda a esperança típica da juventude de que com empenho é possível ‘’mudar o mundo’’. Melhor, o filme desperta uma ponta de que é possível mudar.

E se vivêssemos todos juntos?

Fugir da rota Cinemark e UCI às vezes é bom. Cinesesc, Cine Livraria Cultura, e Itaú cinemas, podem nos trazer surpresas agradabilíssimas. Filmes alternativos nem sempre, para não dizer nunca estão nas grandes redes de cinema, ora por questões mais que conhecidas (danem-se as muitas ‘’opções’’ de cultura, viva o capitalismo).

 

E nessa fuga do total capitalismo movie (o que deixo claro, bebo muito dessa fonte, porém filmes fora da rota Hollywood são tão bons, quanto) apostei no Cine Livraria Cultura. Desembarcando na terra dos perfumes, diga-se de passagem, na França, a grata surpresa foi; E SE VIVÊSEMOS TODOS JUNTOS.

 

O filme traz um retrato da velhice do ponto de vista de um grupo de amigos, cuja a amizade perdura há mais de 40 anos. Nessa nova etapa da vida, Annie, Jean, Claude, Albert e Jeanne convivem com as novas descobertas e limitações que a idade os impõe. No meio do caminho Claude vai parar em uma casa de repouso, é quando os amigos se reúnem e decidem não querer este fim. Resolvem resgatar Claude, e morar juntos aprendendo a conviver com as novas descobertas da velhice.

 

Ser feliz, ou ter razão? Entre dois casais e um galanteador, o grupo de amigos deixa transparecer os mais sublimes sentimentos dessa amizade. Jeanne descobre que o seu câncer voltou, e resolve não alarmar Albert que sofre de Alzheimer. Já Albert começa a escrever um diário para ajudá-lo nas crises de sua memória. Annie e Jean são o casal equilíbrio da casa. Apesar da idade avançada são a ponte para o convívio pacifico de todos. O grupo acaba por contratar um jovem alemão para auxiliá-los.

 

Albert descobre que a doença de sua mulher regressou da maneira mais cotidiana possível, cruza com o médico que a atendeu, e o mesmo o indaga do sumiço de Jeanne para o início do tratamento. Sem assimilar direito tamanha descoberta, Albert registra em seu diário a desastrosa informação para que não caia no esquecimento de sua memória. Passa dali em diante, a sofrer às escondidas com a revelação da futura perda de sua amada esposa.

 

Ao passo que o convívio com os amigos se torna cada vez mais tolerável, desavenças acabam por surgir. No meio dessa aventura coletiva, traições são descobertas,atitudes são eternizadas em um diário, laços são reforçados, e a vida vista da casa da terceira idade nos dá uma lição de realidade.

 

Até onde devemos ir em nome de um dos sentimentos mais sublimes da face da Terra. Albert nos dá uma lição; Memória é tanto lembrar, quanto esquecer”. Toma uma atitude corajosa para a felicidade da casa, e para a relação de amizade que esse grupo de amigos mantém. Abre mão de sua memória para ser feliz, e fazer os outros felizes.

 

O final é o responsável por instigar que seus olhos saiam marejados da sala de cinema. Poderia contar, mas faço questão que tenha a oportunidade de sentir uma sensação única; uma escolha que exteriora o amor magisstral de pessoas que acima de tudo, e apesar dos pesares, se respeitam e são cúmplices. Um brinde a Amizade!

Você é o que você compartilha

1.Link com Filmes na íntegra do youtube (compartilho cultura=filme)
2.Links de Músicas (compartilho cultura = se em inglês, nova língua,etc)
3.Frases Motivacionais (Referências bibliográficas = conhecimentos múltiplos)
4.Fotos de lugares que frequento (Compartilho = Lazer)
5.Atualizações de meus blogs ( Compartilho = conhecimento)
6.Fotos que me inspiram (Compartilho = Arte)
7.Coisas do trabalho (Compartilho =dicas, curiosidades, etc)
8.Desabafos necessários e desnecessários (Compartilho besteirol)
9.Livros bacanas (Compartilho minha tentativa de intelectualidade)
10. Devaneios (Afinal, é sempre bom compartilhar!)

Munida de um celular Nokia C3 não é possível fazer muita coisa, mas já é o suficiente para participar de uma revolução que há tempos ensaia sua chegada; a Era da tecnologia e de seus compartilhamentos. Hoje ficar desinformado é praticamente uma desculpa esfarrapada. Com R$2,00 é possível acarretar, ou tentar-se munir da maior quantidade de informações possíveis no prazo de 1 hora entre as “lan houses’’ da vida.

 
Tecnologia essa que nos capacita a ter acesso a tudo, mas não a todos. Nem sempre o tudo é capaz de satisfazer a necessidade de um todo. Mas é fato que o ser humano nasceu para conversar, convergir, viver em grupo, por fim compartilhar.

 
No livro Você é o que você compartilha, Gil Giardelli autor, levanta a questão do coletivo. A nova ordem está ligada às redes de pessoas, ao compartilhamento, principalmente à colaboração. Segundo o autor a era da informação acabou, vivemos na era da participação.

 
A internet fomenta redes capazes de reunir e agregar maneiras de partilhar ideias, objetivos rumo ao caminho de concretizá-los. De escrita simples, exemplos reais, e dicas interessantes, Gil nos mostra como a internet está nos influenciando. Com um livro mega interativo, envolto em suas 166 páginas, é possível ter uma análise do poder desse meio, tanto no âmbito pessoal quanto profissional. Além claro, de dar dicas para inovar na rede, se relacionar com amigos e clientes, criar negócios, e por que não na maneira como construímos nossa imagem.

 
Você é o que você compartilha digamos que faz parte de uma promoção de conteúdo 3 em 1; livro escrito, links para sites, e uma porção de QRcodes com referências externas para compreendermos como esse meio nos influencia e pode nos ajudar na busca por essa convergência de conteúdo na rede.

 

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Branding : A arte de construir marcas – Marcos Hiller

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‘’Meu desodorante é Rexona, meu plano de saúde é Amil, meu carro é um Ford KA, minha pasta de dente é Colgate, meu celular é Nokia, meu perfume é o The One D&G, a bebida que mais consumo ultimamente é o Longa Vida’’, Juliane.

As marcas não só estão a nossa volta com o intuito da venda direta, elas são responsáveis por  descrever quem somos, ou  em qual momento de nossa vida estamos…. Elas acabam compondo nossa identidade, construindo o que alguns teóricos classificam de statement of yourself.

Quando você começa a estudar qualquer assunto, é natural que dúvidas surjam, curiosidades apareçam, e esse mundo que você está rodeando o instigue a buscar algumas respostas. E foi assim que estudando Marketing me deparei com o livro Branding : A arte de construir marcas de Marcos Hiller.

Apenas uma observação; não foi indicação de nenhum professor, matéria, etc. Simplesmente sentia ‘’fome’’ de casos reais do que estava se passando em sala de aula. Uma simples busca, alguns comentários em fóruns (da vida), e acredito que isso foi o bastante para gostar de sua singela capa azul e amarela.

Logo de cara o autor tem uma sacada interessante, a mesma com a qual fiz questão de iniciar meu post:

‘’Meu desodorante é Rexona da Unilever, meu plano de saúde é Unimed, meu carro é um Renault Sandero, minha pasta de dente é Crest, meu celular é um Iphone da Apple,e a cerveja que eu mais bebo hoje é Heineken’’, Marcos Hiller .

O autor apresenta como as empresas estão passando a encarar suas marcas.Mais que uma propaganda,que um produto, que a divulgação, as organizações estão vendendo  a credibilidade de uma empresa e seus ’’ valores’’.

De um jeito descontraído, de uma maneira de lidar com as palavras de uma forma simples e direta, Marcos Hiller apresenta cases práticos e reais de como a venda de um produto vai além  do bem tangível.

Apple, Pôneis Malditos, segmentação de mercado, formas de mensuração, ‘’Merchans da vida’’, formas de product placement, casos polêmicos (cigarros, bebidas), Crises de marca (O  diabo veste Zara), promoções (Check-ins promocionais), e alguns conceitos, trouxeram o toque de realidade que buscava a teoria absorvida em sala de aula.

Branding  – A arte de construir marcas foi uma grata surpresa oriunda de fóruns de pesquisas, de uma capa azul chamativa(ora essa cor tem um sentido),e um texto envolvente do começo ao fim. E claro, suas 135 páginas trazem o que provavelmente você já consumiu/presenciou como um possível cliente ‘’leigo’’ de algumas marcas.

Livrarias:

Saraiva: http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/4087044/branding-a-arte-de-construir-marcas

Cultura : http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=17652532&sid=87112621815313702916268574

Clarice Lispector na Cabeceira – Jornalismo

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’Notícia de jornal é como a vida, afirmou certa vez Clarice. Continua sempre e a gente tem que ir virando as folhas, como se vira a folhinha do calendário’

Tchetchelnik. – Saúde!

Ucraniana de nascença, pernambucana, paulista e carioca de coração. Com um ‘’sotaque estrangeirado’’ que não passava de uma simples língua presa, Clarice passa a frequentar a faculdade de Direito, e seu sustento é graças a sua escrita, e o trabalho na imprensa.

Clarice de cabeceira –Jornalismo, traz o trabalho da escritora em jornais, revistas, e folhetins em geral. Das páginas femininas às crônicas, do colunismo social aos textos, por fim e enfim, as entrevistas.

‘’Escrever é expor-se,’’ disse certa vez Clarice. A Hora da estrela que o diga, obra ficcional dotada de pensamentos da autora no decorrer da história. O não querer ser enquadrada em nenhum gênero literário, talvez seja a explicação característica de suas obras possuírem tom de reflexão com pensamentos no meio das falas das personagens.

Haia (nome de batismo de Clarice) utilizava em suma de situações cotidianas para elaborar seus textos, e não por que, também aproveitava o espaço para divulgar textos que futuramente poderiam vir a fazer parte de uma obra ficcional completa.

Entrevistar para a escritora era conseguir a confiança do entrevistado, e para isso se expor também era parte para que o interlocutor se sentisse a vontade e acabasse fazendo o mesmo. Sinceridade era seu ponto forte, se não tivesse empatia com o entrevistado, ao redigir seus textos (sempre na primeira pessoa do singular) deixava claro, como era o caso de Teresa Souza de Campos  ‘’ A mulher mais elegante não me interessa’’. Acredite essa declaração foi colocada no meio do texto da entrevista, e publicada.

Livro: Clarice Lispector na Cabeceira – Jornalismo

Autora: Aparecida Maria Nunes

Páginas: 238

Editora:  Rocco

Um lugar na janela: Relatos de uma viagem

‘’Se por um acaso, lá pelas tantas, eu colocasse a mão na testa e me perguntasse ‘que raios estou fazendo aqui?’, teria a resposta na ponta da língua: vivendo”

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Ta aí, os guias precisam se reinventar. Ok, eles são importantes, trazem dados jurássicos fundamentais, mas que tal trazer um mix das sensações dos lugares + suas histórias, e os possíveis perrengues que um turista possa vir a passar em qualquer parte do planeta?  Um lugar na janela está longe de ser um guia como ressalta Martha Medeiros, porém a maneira simples e perspicaz da autora de relatar suas vivências pelo mundo, e o modo como apresenta cada roteiro de sua jornada é que torna o livro ainda mais gostoso de ler.

Martha tem o dom de escrever, te envolve, te prende, não complica, mas tem uma elegância na estrutura de suas palavras de tirar o fôlego. Sério, essa gaúcha é conhecida do grande público por escrever crônicas para o jornal O Globo. E é mãe de: Divã (filme,série), Doidas e Santas (adaptado para o teatro), Feliz por nada (livro), e arrisco dizer que muita coisa na TV tem a redatora como colaboradora (diga muita coisa boa, citycom, etc, e tantos outros livros).

Da Europa na casa do amigo, do amigo, ao Japão com sua filha, ou de Istambul no hotel 0 estrelas, a Cannes no maior luxo jabá. Saindo no meio de uma apresentação teatral em Paris com cara de quem não está entendendo nada, a Nova York consumista.  Martha traz a tona suas experiências, suas aventuras, muitas histórias que te levam sem precisar de passaporte, ou muito menos visto aos lugares mais surreais do planeta. Dá dicas de lugares sim, mas sem a pretensão de impor como rota obrigatória, mas sim uma sugestão muito divertida para sair do sofá e conhecer as belezas, e a diversidade de cultura que o mundo oferece.

Cuidado, esse livro fará com que dê risadas gratuitas, sinta sono ao longo do dia (se ler a noite, não vai parar e dormir tarde, será sua sina), viajar será um desejo contínuo, entre muitos outros efeitos colaterais. Mas, o importante é a vontade de viver e conhecer o desconhecido que Um lugar na janela aguçará em cada pessoa. O livro vai fazer nascer a vontade de sair do lugar, ou ao menos acomodar-se à janela com sua cabeça pra ‘’fora’’. Afinal, no universo literário quase tudo é permitido.

Livro: Um lugar na janela

Autora: Martha Medeiros

Páginas: 191

Editora: L&PM

O melhor de mim – Nicholas Sparks

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Na entrada, ou saída, de uma livraria me vi ‘’forçada’’ a comprar um livro. Iria enfrentar uma longa viagem e precisava ocupar meu tempo no ônibus com um mundo novo, com experiências novas. Tantos títulos, capas, autores, detalhe; a loja estava em vias de encerrar o expediente. Sabe aquele momento em que disparam o cronometro, e antes que acabe o tempo, se vê tentada a pegar qualquer obra que tenha por perto? Foi mais ou menos assim.

O melhor de mim já me atraía pelo título, o autor Nicholas Sparks é meu velho conhecido de outra incrível obra que por ventura também tive a oportunidade de ler; A Escolha. Uni a pressa de um expediente, com a fome por leitura, quando percebi estava fora da loja com um livro de 270 páginas para desfrutar.

A vida é um eterno clichê para me preocupar se a obra é melosa demais, ou tem aventura e monstros de menos. Toda leitura é uma leitura única. Suas experiências, mais as histórias do autor é que tornam, ou não uma leitura prazerosa. E o livro melhor de mim foi uma grande descoberta.

Reencontros! ‘’ A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida’’, já balbuciava Vinícius de Moraes.  O melhor de mim, fala dos reencontros que a vida nos proporciona. Seja em sua infinitude, seja no tempo programado do destino (que não fazemos a mínima idéia do momento, mas que acreditamos estar escrito em algum lugar), ou sabe-se lá quando.

 Durante a primavera de 1984, Amanda Collier e Dawson Cole se apaixonaram perdidamente. Embora vivessem em mundos muito diferentes, o amor que sentiam um pelo outro parecia forte o bastante para desafiar todas as convenções de Oriental, a pequena cidade em que moravam. Nascido em uma família de criminosos, o solitário Dawson acreditava que seu sentimento por Amanda lhe daria a força necessária para fugir do destino sombrio que parecia traçado para ele.

Ela, uma garota bonita e de família tradicional, que sonhava entrar para uma universidade de renome, via no namorado um porto seguro para toda a sua paixão e seu espírito livre. Infelizmente, quando o verão do último ano de escola chegou ao fim, a realidade os separou de maneira cruel e implacável.

Vinte e cinco anos depois, eles estão de volta a Oriental para o velório de Tuck Hostetler, o homem que um dia abrigou Dawson, acobertou o namoro do casal e acabou se tornando o melhor amigo dos dois. Seguindo as instruções de cartas deixadas por Tuck, o casal redescobrirá sentimentos sufocados há décadas. Após tanto tempo afastados, Amanda e Dawson irão perceber que não tiveram a vida que esperavam e que nunca conseguiram esquecer o primeiro amor. Um único fim de semana juntos e talvez seus destinos mudem para sempre.

Num romance envolvente, Nicholas Sparks mostra toda a sua habilidade de contador de histórias e reafirma que o amor é a força mais poderosa do Universo – e que, quando duas pessoas se amam, nem à distância nem o tempo podem separá-las.

O melhor de mim é o típico livro que te prende do ínicio ao fim; faz madrugada virar dia, intervalo ser oportunidade para a leitura, enfim, um livro que pontua o melhor lado de todos nós; o AMOR!

Livro: O melhor de mim

Autor: Nicholas Sparks

Páginas: 270

Editora: Arqueiro

Paris6

 Bistrô, Bar, Restaurante, Café.

Para amigos, amantes, descolados, curiosos, enfim para um papo fiado!

A cidade luz inspira mundo a fora, e ter um pedacinho dela em São Paulo é poder viajar sem sair do lugar. É poder se inspirar no respirar de um ambiente no mínimo curioso. Paris 6 é um típico bistrô francês-paulista, inspirado no  6º distrito de Paris, uma das regiões mais antigas da cidade, conhecida pela boemia, pelos bares, cafés e livrarias.

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Localizado na Rua Haddock Lobo,1240, próximo a Avenida Paulista, o lugar funciona 24 horas, e possui um ambiente charmoso,com decoração a lá parisiense (lustres antigos com luzes baixas, cores sóbrias, assentos confortáveis,o ambiente remete a paris de 1930, etc). O que se percebe é o incentivo mútuo à cultura. Nas paredes do local é possível se deparar com imagens de artistas, espetáculos, o ambiente respira cultura.

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O menu da casa  traz crepes, saladas, sanduíches, massas, sobremesas de tirar o fôlego e deixar a balança bem agitada. Uma das coisas mais interessantes do bistrô que respira cultura é justamente o nome dos pratos. Cada opção ganha um apelido a lá famoso. É o caso do ‘’Crêpe Paris 6 de Brie et Abricot à Wanessa Camargo’ acompanhado de batatas sautées. Uma delícia de comida. Pude experimentar, e como crítica gastronômica que não sou, só tenho a dizer que é muito gostoso. E de sobremesa, na dúvida do que pedir vai à dica; veja o que seu amigo pede e por que não ir na dele? Profiterole foi à pedida da vez, um doce de carolinas com uma bola de sorvete de baunilha, maravilhoso!

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Paris 6 encanta pelo charme do ambiente, e as praticidades que o estabelecimento proporciona, como por exemplo; todas as mesas possuem uma campanhia para chamar o garçom, mas calma, não emite qualquer tipo de ruído. O dispositivo provavelmente aciona um sistema que identifica que a mesa ‘’X’’ precisa de algo. O atendimento precisa de melhorias é claro, os pratos demoraram um pouco a serem servidos. E diga-se de passagem,  alguns garçons mal conseguiam pronunciar os nomes das comidas do menu. Mas o que importa, eu também não sabia! Nada que um bom treinamento não resolva.

Comer, petiscar, tomar um bom suco, ou chopp,paquerar, jogar conversa fora. Paris 6 é um local interessante para essas, e muitas outras coisas. Quando optei por conhecer a casa, confesso que li muitos sites a respeito do ambiente, e os mesmos me convenceram que seria uma boa escolha. Mas confesso que 50% do ambiente é você quem faz. Paris 6 que me desculpe, mas companhias maravilhosas fizeram com que tivesse uma ótima impressão do bistrô!

www.paris6.com.br

 

 

“Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de…na busca pela alegria

Prazer
Prazer

Em meio ao centro velho de São Paulo (CCBB-Centro Cultural Banco do Brasil), revolto as diversidades de pessoas que ali transitam dia e noite, o cenário escolhido é a amizade. Inspirada no livro Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres, de Clarice Lispector, Prazer traz à tona inquietações, angústias, perdas e dificuldades cotidianas, de quatro amigos que tentam a coragem de buscar a alegria.

É intrigante, ao entrar na sala do espetáculo, de cara sem o público ainda nos assentos, os atores já estão em cena, a escrever compulsoriamente nas paredes do palco o que no futuro será utilizado como componente de cena para cada personagem.

Ilustrando as típicas reuniões de amigos, onde são jogadas conversas fora, onde são realizadas confidências mútuas, e até mesmo lugar propício para as brigas bobas de amizades de anos. Envoltos em uma roda, Camilo, Isadora, Osório e Marcos relembram episódios de suas vidas, assim o espetáculo tem seu início decretado.

Cada amigo seguindo sua vida, e trazendo ao universo cênico uma pitada de realidade, imagens projetadas pelo cenário, e a movimentação dos personagens em cena transportam o público a uma página de e-mail. Com uma sacada perfeita, cada personagem envia e responde essa correspondência moderna de forma curiosa e instigante.

Camilo (Cláudio Dias) é o único que está no Brasil, vende seguro de vida e está bem financeiramente, mas sente-se só e infeliz. Isadora (Isabela) é artista plástica e foi para o exterior acompanhando Osório (Odilon), que é médico: eles já se separaram, são bons amigos, mas ela está frustrada profissionalmente e ele, por estar longe de seu país e da família, sente que perdeu a confiança no irmão e em consequência, perdeu a confiança em si mesmo. Marcos (Marcelo) é comissário de bordo e não sabe lidar com a perda, sua mulher o abandonou.

O mais desbravador dos amigos, Camilo resolve colocar uma mochila nas costas e sair pelo mundo. Depois de anos, a trupe mantêm o ritual da típica reunião de amigos (sempre cozinham juntos o jantar do encontro). É nestes encontros que buscam forças para superar as dificuldades cotidianas.

É ai que o universo Clariciano se destaca, em meio a devaneios, angústias, insatisfação que surgem os caminhos/soluções para se viver apesar de. É na amizade que esses amigos encontram a energia vital para se fortalecerem cada vez mais.

Quão mais distantes as pessoas se tornam em um mundo globalizado e dotado de tecnologias que o reforcem, Prazer traz um alento de esperança!

A companhia mineira Luna Lunera traz com maestria a interpretação, e adaptação da obra e fragmentos de diversas histórias de Clarice Lispector. O cenário é uma ‘’coisa’’ a parte, cachorros que surgem de sombras, mesas, pias e cadeiras que nascem das paredes.

Mais que apenas sentar na plateia, Prazer convida seu espectador a repensar as relações humanas. E mostra, que apesar de… elas são a viga necessária na busca da felicidade.

Para saber mais, acesse: www.bb.com.br/portalbb

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